Mizael Bispo, o ex-policial militar condenado a 22 anos e 8 meses de prisão pela morte da ex-namorada Mércia Nakashima, tem dedicado seu tempo livre a acionar judicialmente pessoas que considera terem o difamado. Em abril de 2024, Mizael, que cumpre pena em regime aberto desde 2023, processou o deputado estadual Márcio Nakashima, irmão de Mércia, alegando calúnia por declarações públicas sobre sua atuação como advogado e um suposto relacionamento. A Justiça negou o pedido de Mizael para impedir Márcio de mencioná-lo na mídia, defendendo a liberdade de expressão.
Em maio deste ano, Mizael moveu outra ação, desta vez contra o apresentador José Luiz Datena e o Grupo Bandeirantes. A motivação foi uma reportagem exibida no programa Brasil Urgente que abordou sua vida fora da prisão. Na matéria, Mizael foi chamado de “assassino” e “canalha”, e um desafeto o acusou de exercício ilegal da advocacia e ameaça. No processo, que tramita na Comarca de Guarulhos, Mizael busca uma indenização de 40 salários mínimos por danos morais.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já havia confirmado a exclusão de Mizael de seus quadros em 2023, o que o impede de exercer a profissão de advogado. A pena de Mizael pela morte de Mércia Nakashima tem previsão de término em 2030, mas sua nova ocupação nos tribunais tem gerado repercussão e reacendido a atenção sobre o caso.